CID catarata: confira os principais códigos H25, H26, H28 e mais

O CID catarata é a forma como os profissionais de saúde identificam e registram os diferentes tipos de catarata nos prontuários e documentos médicos, conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID), desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A catarata é uma condição oftalmológica comum, caracterizada pela opacificação do cristalino, que interfere na qualidade da visão e está entre as principais causas de perda visual reversível, tanto no Brasil quanto em outros países. 

Ela afeta, principalmente, pessoas acima dos 60 anos, mas pode ocorrer em outras faixas etárias por motivos congênitos ou devido a outras doenças oculares.

Por essa diversidade de causas e apresentações clínicas, há diferentes códigos CID atribuídos à catarata, como os H25, H26 e H28, entre outros. Nos próximos tópicos, você vai conhecer os códigos CID mais usados para catarata, entender o que cada um significa e como eles são aplicados na prática clínica.

O que é o CID e por que ele é importante na oftalmologia?

O CID é a sigla para Classificação Internacional de Doenças, um sistema adotado mundialmente para padronizar diagnósticos médicos por meio de códigos. Na prática, ele é utilizado por profissionais e estabelecimentos de saúde para registrar e comunicar informações clínicas de forma objetiva.

Cada condição tem um código próprio, o que facilita processos como agendamento de exames, registro em prontuário eletrônico, prescrições e autorizações de procedimentos.

Na oftalmologia, essa codificação é aplicada de forma sistemática em diferentes etapas do atendimento.

Quando um paciente apresenta um quadro como catarata, por exemplo, o uso de um código específico da CID-10 facilita identificar o tipo da doença, organizar o histórico clínico e viabilizar o encaminhamento correto para avaliação, acompanhamento ou cirurgia.

Veja algumas situações em que os códigos médicos, como o CID catarata, são utilizado na rotina oftalmológica:

• Registro do diagnóstico no prontuário eletrônico;
• Solicitação de exames oftalmológicos complementares;
• Encaminhamento para cirurgia de catarata ou acompanhamento clínico;
• Preenchimento de laudos para planos de saúde e convênios;
• Justificativa de afastamento do trabalho por problemas visuais no sistema de saúde.

Códigos CID para catarata: lista completa e atualizada

Na CID-10, os diferentes tipos de CID catarata são classificados de acordo com sua causa, idade de início ou associação com outras doenças. Essa distinção é importante porque orienta a definição do diagnóstico, o encaminhamento correto para tratamento cirúrgico e o acompanhamento clínico.

Segundo a classificação, para casos de catarata relacionada ao envelhecimento, utiliza-se o código H25, que pode ser detalhado conforme a forma de apresentação:

• H25.0 – Catarata senil incipiente;
• H25.1 – Catarata senil nuclear;
• H25.2 – Catarata senil cortical;
• H25.8 – Outras cataratas senis;
• H25.9 – Catarata senil não especificada.

Quando a catarata surge por outros fatores, como traumas ou complicações de cirurgias, utiliza-se o código H26:

• H26.0 – Catarata infantil, juvenil e pré-senil;

• H26.1 – Catarata traumática;
• H26.2 – Catarata complicada;
• H26.3 – Catarata induzida por drogas;
• H26.4 – Catarata secundária (pós-catarata);
• H26.8 – Outras cataratas especificadas;
• H26.9 – Catarata não especificada.

Já nos casos em que a catarata está associada a alterações metabólicas ou endócrinas, como diabetes, utiliza-se o código H28:

• H28.0 – Catarata diabética;
• H28.1 – Catarata em doenças endócrinas, metabólicas ou nutricionais;
• H28.2 – Catarata em outras doenças classificadas em outra parte.

Além disso, detalhes como catarata bilateral, catarata no olho direito ou catarata no olho esquerdo precisam ser especificados no laudo complementar ao código principal. Assim, é possível reforçar o registro e evitar dúvidas durante o processo de atendimento ou autorização por convênios. 

Catarata e outras doenças oculares: relação com o CID glaucoma

A presença de catarata pode interferir diretamente no manejo de outras doenças oculares, como o glaucoma, que afeta o nervo óptico e pode causar perda progressiva da visão.

Em alguns casos, a opacificação do cristalino dificulta a avaliação do fundo do olho, atrasando o diagnóstico do glaucoma. Além disso, há situações em que o tratamento cirúrgico da catarata é indicado justamente para melhorar o controle da pressão intraocular.

Na CID 10, o CID glaucoma está classificado entre os códigos H40 e H42, e sua identificação ajuda a definir o tratamento adequado. Os códigos mais utilizados são:

• H40.1 – Glaucoma primário de ângulo aberto;
• H40.2 – Glaucoma primário de ângulo fechado;
• H40.3 – Glaucoma secundário devido a trauma ocular;
• H40.4 – Glaucoma secundário a inflamação ocular;
• H40.5 – Glaucoma secundário a outros transtornos do olho;
• H40.6 – Glaucoma secundário a drogas;
• H40.8 – Outros glaucomas;
• H40.9 – Glaucoma não especificado.

A relação entre catarata e glaucoma exige atenção durante o diagnóstico e acompanhamento, pois o tratamento de uma condição pode impactar diretamente a outra.

Catarata senil, congênita e complicada: qual a diferença entre os tipos?

A diferença entre os tipos de catarata está relacionada à sua causa e ao momento em que se manifesta. A catarata senil ocorre com o envelhecimento natural do cristalino, enquanto a congênita ocorre desde o nascimento e a catarata complicada é consequência de doenças oculares ou de traumas.

Cada uma dessas variações exige uma abordagem clínica específica, com impacto no tipo de acompanhamento indicado, nos exames solicitados e na definição do momento cirúrgico.

Confira, a seguir, alguns detalhes sobre cada uma delas:

• Catarata senil: surge com o envelhecimento, geralmente após os 60 anos de idade do paciente e costuma ter progressão lenta e previsível;
• Catarata congênita: está presente desde o nascimento e pode comprometer o desenvolvimento visual se não for tratada precocemente;
• Catarata complicada: aparece em decorrência de outras condições, como uveítes, retinopatias, uso de drogas oculares ou após cirurgias intraoculares.

Quando usar o CID “catarata não especificada” ou “bilateral”?

O uso de termos como “catarata não especificada” ocorre quando não há dados clínicos suficientes para definir com precisão o tipo ou a causa da opacificação do cristalino. Já “catarata bilateral” é adotado quando ambos os olhos apresentam a condição.

Essas classificações são comuns em atendimentos iniciais ou quando o paciente chega sem exames anteriores. Ou seja, essa codificação médica ajuda a manter o registro atualizado até que a investigação clínica possa ser concluída.

Veja alguns casos em que esses termos são usados na oftalmologia:

• Em triagens sem acesso a exames de imagem ou históricos completos;
• Durante solicitações preliminares de avaliação para cirurgia;
• Em pacientes com perda visual em ambos os olhos, quando já há indicação clínica bilateral;
• Nos casos em que o tipo de catarata ainda será determinado em consulta especializada.

Saber o CID da catarata é o primeiro passo: é hora de procurar um oftalmologista

Entender o CID da catarata é bastante útil para profissionais de saúde, mas também permite que você compreenda melhor seu diagnóstico, acompanhe a evolução do quadro e participe das decisões sobre o tratamento.

Com isso, você ganha mais autonomia para entender o que está acontecendo com a sua visão e se preparar para as etapas do cuidado oftalmológico.

Ainda assim, é somente com a avaliação clínica de um oftalmologista que se determina o tipo de catarata, o impacto na qualidade visual e o melhor momento para indicar cirurgia ou outros tratamentos.

E é através de um diagnóstico precoce que você tem maiores chances de preservar a saúde dos olhos. Então não deixe para depois. 

Agende sua consulta com um oftalmologista da Eyecare e dê o próximo passo no cuidado com a sua visão. Aqui, você conta com atendimento especializado, acolhedor e focado no que realmente importa: a saúde dos seus olhos.

Dúvidas frequentes sobre CID catarata

Confira, a seguir, as respostas para as perguntas mais comuns sobre o CID catarata.

Autor: Dr Renan Memória (CRM-SP 151.776)