O que é catarata? Sintomas, diagnóstico e tratamento!

O que é catarata? É comum ouvir entre colegas e familiares, “meu avô teve catarata nos olhos e precisou se submeter à uma cirurgia de catarata. Será que tenho catarata nos olhos também?” Há algo que possa fazer para evitar ter catarata no futuro? Existem medicações e hábitos que aumentam o risco de ter catarata? Como podemos diagnosticar e tratar a catarata? Afinal, como a catarata nos olhos pode afetar o meu desempenho no trabalho? Raíssa Diniz do Carmo médica oftalmologista formada pela UFMG, e residente de Oftalmologia pelo IPEPO – Instituto da visão, esclarece essas e outras dúvidas abaixo. Confira!

O que é catarata?

A catarata é uma alteração ocular que ocorre pela redução e perda de transparência do cristalino, que é a lente natural do olho. A redução da transparência reduz a qualidade visual podendo até causar cegueira. Em geral a progressão é lenta e pode afetar primeiro um olho e depois o outro.

A principal causa da progressão é o envelhecimento natural do cristalino e há alguns hábitos e medicações que podem acelerar o processo. Além disso, há casos em que a catarata aparece secundariamente a doenças sistêmicas, mas estes casos são menos frequentes que a catarata senil, isto é, a relacionada à idade.

Sintomas da catarata

Os principais sintomas da catarata são: visão turva e borrada, dificuldade para enxergar e definir imagens, enxergar objetos e pessoas duplicadas, formação de halos nas imagens principalmente à noite, cores mais opacificadas que o usual, sensibilidade à luz e mudança frequente no grau do óculos.

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Há algo que possa fazer para evitar ter catarata no futuro?

A evolução e a velocidade de progressão dependem de muitos fatores, inclusive fatores individuais como genética, não sendo possível prever a velocidade de evolução e a idade de aparecimento da catarata em cada indivíduo. Todavia, em geral, a catarata se apresenta como causa de baixa visual na população acima de 50 anos. É importante salientar que não há medicações ou colírios aprovados no Brasil que são comprovadamente eficazes na prevenção.

Existem medicações e hábitos que aumentam o risco de ter catarata ?

Alguns fatores são descritos como associados ao desenvolvimento de catarata em idades mais precoces, são eles: diabetes, exposição exagerada e sem proteção à luz solar, tabagismo, uso prolongado de colírios à base de corticoide, traumas oculares prévios, etc. Sendo assim, sabendo dos fatores que auxiliam e facilitam a progressão mais rápida dessa causa de baixa visão, devemos preveni-la.

Como podemos diagnosticar e tratar?

O diagnóstico é feito através da consulta oftalmológica realizada pelo especialista em clínicas de olhos, que deve indicar o tratamento e no momento adequado. O tratamento é unicamente cirúrgico.

Nos últimos anos, a cirurgia de catarata desenvolveu-se de forma exponencial, pois vem tornando-se cada vez mais uma cirurgia rápida e segura. Em geral, o procedimento cirúrgico é realizado sob anestesia local e o paciente pode ir para casa no mesmo dia. A cirurgia consiste de forma simplificada na substituição da lente natural do corpo, o cristalino, que está opacificado pela catarata, por uma lente artificial que o substituirá em função.

Há dois tipos diferentes de técnicas, uma na qual se retira o cristalino inteiro e outra mais moderna na qual se utiliza um aparelho para fragmentar a catarata e permitir sua aspiração. É possível a escolha de diferentes tipos de lentes especiais capazes de proporcionar o abandono do uso de óculos no pós operatório, tanto para visão de longe quanto para a visão de perto. São necessários alguns cuidados no pós operatório como em todo tipo de cirurgia, mas a recuperação das funções visuais é considerada rápida.

Afinal a catarata pode afetar o meu desempenho no trabalho?

SIM! Considerando que a catarata é causa de baixa visual, pode causar dificuldade de leitura, causar sensibilidade à luz, produzir halos nas imagens e dificultar a deambulação. A catarata pode, sim, reduzir a capacidade laboral.

Além disso, pode estar associada a quedas frequentes e a incapacidade ao trabalho Um estudo realizado na Universidade da Califórnia nos EUA apontou que a cirurgia é capaz de ampliar a expectativa de vida, neste estudo avaliaram mulheres submetidas ou não a cirurgia, e concluiu que houve redução de 60% da mortalidade nas pacientes acima e 65 anos que realizaram a cirurgia.

Ficou com alguma dúvida? Aproveite a oportunidade e entre em contato com nossa equipe da clínica de olhos e agende com um de nossos oftalmologistas! Conte conosco!

Por Raíssa Diniz do Carmo, médica formada pela UFMG.