A inclusão começa quando entendemos as pessoas e suas necessidades reais. No dia a dia das empresas, é comum que colaboradores convivam com algum nível de limitação visual sem perceber que isso pode ser reconhecido como deficiência pela lei brasileira. Outros sabem que têm dificuldades para enxergar, mas não sabem se se enquadram como PcD visual.
Essa falta de clareza gera dúvidas tanto para quem vive o problema quanto para os gestores responsáveis pela inclusão. E isso afeta decisões importantes, como contratações, adaptações e até o cumprimento da Lei de Cotas.
Por isso, saber identificar corretamente quem é PcD visual é um passo essencial para criar ambientes de trabalho mais seguros, acolhedores e alinhados à legislação.
O que significa ser PcD visual e quem se enquadra na categoria?
A expressão PcD visual se refere à pessoa que apresenta uma limitação relacionada à visão que impacta sua rotina de forma permanente. Não se trata apenas de alguém que usa óculos ou tem uma dificuldade leve para enxergar.
Para ser reconhecida como PcD visual, a pessoa precisa atender critérios definidos em lei, baseados no grau de comprometimento da visão.
De forma simples, a PcD visual é aquela que, mesmo após tratamento médico, uso de óculos ou lentes, ainda apresenta uma limitação importante. Essa limitação é avaliada por um oftalmologista, que analisa o quanto a visão está prejudicada e se o caso se enquadra nos critérios legais.
O enquadramento é sempre clínico e formal. Ou seja, não basta a pessoa sentir dificuldade para ler ou identificar objetos. A lei exige avaliação médica e laudos que confirmem o grau de perda visual.
No ambiente corporativo, isso significa que alguns colaboradores podem ser PcD visual sem saber. Muitos convivem com doenças que evoluem de forma silenciosa, como glaucoma, ceratocone, catarata precoce ou degeneração da retina. Por isso, a triagem adequada é essencial para identificar esses casos.
Lei de Cotas: qual é a relação com a PcD visual nas empresas?
A Lei de Cotas determina que empresas com 100 colaboradores ou mais reservem uma porcentagem das vagas para pessoas com deficiência. A PcD visual faz parte desse grupo e pode ocupar qualquer função compatível com seu perfil profissional.
Para isso, a empresa precisa conhecer os critérios legais de deficiência visual e seguir padrões que facilitem a identificação correta. Essa prática evita erros, aumenta a transparência e fortalece a inclusão.
Quais são os tipos de deficiência reconhecidos pela lei brasileira?
A legislação brasileira descreve de forma clara os critérios para definir quem é PcD visual. Esses critérios envolvem medidas técnicas, mas podemos resumir de maneira acessível para facilitar a compreensão.
1. Baixa visão
A baixa visão ocorre quando a pessoa enxerga, mas com limitação importante, mesmo usando óculos ou lentes corretamente indicados.
A lei considera baixa visão quando:
- a pessoa tem dificuldade significativa para enxergar mesmo com correção;
- a perda visual afeta a vida diária e o desempenho no trabalho;
- há redução da nitidez, do campo de visão ou da percepção de detalhes.
Pessoas com baixa visão costumam relatar dificuldade para ler letras pequenas, identificar rostos, perceber degraus ou se orientar em ambientes com pouca luz.
2. Cegueira
A cegueira pode ser total ou quase total. Isso inclui:
- ausência completa de visão;
- visão mínima que não permite identificação de objetos ou deslocamento seguro.
- A cegueira é mais fácil de identificar, mas também exige laudo médico para comprovação.
3. Visão monocular
Desde 2021, a visão monocular é reconhecida por lei como deficiência visual. Isso significa que a pessoa que enxerga bem com um olho, mas tem perda severa ou ausência de visão no outro, é considerada PcD visual.
E é importante entender: a visão monocular impacta a percepção de profundidade e a noção de distância. Por isso, mesmo com um olho saudável, há limitações reais.
Como identificar colaboradores PcD visual na sua empresa de forma correta?
Para empresas, identificar colaboradores PcD visual é importante por vários motivos: garantir bem-estar, oferecer adaptações, cumprir a Lei de Cotas e criar um ambiente inclusivo. No entanto, essa identificação não deve ser feita por achismo ou percepção subjetiva.
O processo exige cuidado, sigilo e acompanhamento profissional.
1. Respeite o caráter sigiloso e voluntário da informação
A empresa não pode obrigar ninguém a declarar PcD visual. O colaborador precisa se sentir seguro para informar sua condição.
Por isso, ao pensar no melhor para os colaboradores, a organização deve criar um ambiente de acolhimento, comunicação clara e processos transparentes.
2. Use triagens confiáveis
Triagens oftalmológicas ajudam a identificar colaboradores que podem ter uma deficiência visual sem diagnóstico. Essa etapa não substitui a consulta médica, mas indica quem precisa de avaliação mais detalhada.
3. Encaminhe para consulta oftalmológica
Somente um oftalmologista pode confirmar se a pessoa é PcD visual. A consulta inclui exames específicos que avaliam:
- nitidez visual;
- campo de visão;
- sensibilidade ao contraste;
- condições da córnea e da retina.
Quando há indícios suficientes, o médico emite o laudo.
4. Solicite o laudo correto
Para que a empresa reconheça o colaborador como PcD visual, o laudo precisa conter:
- diagnóstico completo;
- classificação da deficiência;
- CID correspondente;
- descrição clara da limitação;
- assinatura do oftalmologista.
Esse documento garante segurança jurídica à empresa e proteção ao colaborador.
5. Ofereça adaptações no ambiente de trabalho
Depois de identificar colaboradores PcD visual, a empresa deve avaliar necessidades específicas.
As adaptações podem incluir:
- ajuste de iluminação;
- telas maiores;
- letras ampliadas;
- ampliação digital;
- programas de leitura;
- reorganização do posto de trabalho.
Essas adaptações são simples, mas fazem grande diferença na autonomia e no conforto do colaborador.
Como a Eyecare contribui para a inclusão e o bem-estar dos colaboradores
A identificação correta de PcD visual exige tecnologia, conhecimento médico e processos seguros. A Eyecare reúne tudo isso em uma jornada prática, digital e acessível.
Afinal, identificar um colaborador PcD visual não é apenas cumprir uma obrigação legal. É oferecer condições adequadas para que cada pessoa trabalhe com segurança e qualidade de vida.
Promova inclusão com o Benefício Visão
O Benefício Visão é uma solução completa para empresas que desejam promover inclusão e cuidar da saúde ocular dos colaboradores.
Nosso programa guia a empresa desde o primeiro passo, com triagem de acuidade visual, até a emissão do laudo médico com oftalmologistas especializados. Esse fluxo reduz custos, elimina burocracias e garante precisão técnica.
O Benefício Visão também apoia empresas no cumprimento da Lei de Cotas PcD ao facilitar a identificação de colaboradores com deficiência visual, emitir laudos e orientar sobre adaptações no ambiente de trabalho. Assim, o programa integra saúde e tecnologia para reduzir custos, ampliar inclusão e aumentar a segurança nas operações da empresa.
Com o Benefício Visão, a empresa identifica colaboradores PcD visual com segurança e elimina barreiras que impedem o acesso a cuidados essenciais. Promover inclusão é agir hoje!