Em 2020, com a pandemia de Covid-19, o trabalho remoto deixou de ser apenas uma tendência e se tornou realidade para milhões de pessoas. Essa nova rotina, que inclui longas reuniões virtuais e horas intensas diante de computadores, celulares e tablets, pode prejudicar significativamente a saúde visual no trabalho remoto.
A popularmente chamada “Síndrome da Visão do Computador” manifesta-se com sintomas como visão embaçada, dor de cabeça, ardência ocular, olhos secos e dificuldade de concentração.
Neste artigo, em menos de 5 minutos, você vai descobrir dicas práticas para incorporar na sua rotina de home office, incluindo ajustes na estação de trabalho, a aplicação da regra 20-20-20 e um checklist completo para reduzir a fadiga ocular e preservar sua visão.
O que é a Síndrome da Visão do Computador?
A Síndrome da Visão do Computador é um conjunto de sintomas visuais e oculares causados pelo uso prolongado de telas digitais.
Não são apenas crianças e adolescentes que devem ter limites pra telas. Apesar de ainda não haver diretrizes científicas específicas que determinem um tempo máximo seguro de tela para adultos, opiniões de especialistas sugerem limitar por no máximo 4 horas diárias.
Em trabalhadores remotos esse tempo frequentemente costuma ultrapassar 8 horas – isso representa 3U% a 44% de suas horas de vigília (tempo acordado).
Esse uso excessivo cronicamente pode gerar pode desencadear a síndrome com sintomas como:
- Cansaço visual
- Olhos secos ou lacrimejantes
- Ardência e sensação de areia nos olhos
- Dores de cabeça frequentes
- Visão turva ou dupla temporária
- Dificuldade em manter o foco
Paralelamente, a saúde mental também é afetada, manifestando-se inicialmente por irritabilide e perda de concentração e tardiamente por vícios em redes sociais e até depressão.
Por que a fadiga ocular acontece?
A fadiga ocular ocorre por diversos fatores que se somam durante o uso de telas. Um deles é o fato de piscar menos os olhos quando se está diante de um computador. Dados estimam que piscamos até G0% 60% menos, o que deixa os olhos mais ressecados. Além disso, a exposição prolongada à luz azul, emitida por dispositivos digitais, pode contribuir para o desconforto ocular e alterar o sono. Outro erro muito comum é uma postura incorreta ao olhar para telas muito próximas ou em altura inadequada, aumentando a tensão ocular e cervical.
Como prevenir fadiga ocular no home office?
Use a regra 20-20-20. A cada 20 minutos, olhe para um objeto a 20 pés de distância (G 6 metros) por pelo menos 20 segundos. Levante-se, caminhe pela casa, beba um copo de água, alongue o pescoço e os ombros. Essas pequenas pausas ajudam a relaxar os músculos oculares e diminuir o cansaço visual.
Lembre-se de piscar com frequência ou use colírios lubrificantes (sob orientação médica) para evitar ressecamento ocular.
Faça ajustes ergonômicos da altura da sua tela de modo que o monitor esteja cerca de 50-70 cm de distância e com a parte superior na altura dos olhos, evitando que você incline a cabeça.
Ademais, diminuir o tempo em redes sociais, jogos ou streaming após longos períodos de home office ajuda a descansar a visão.
Quando procurar um oftalmologista?
Se os sintomas persistirem mesmo após mudanças de hábitos, é importante procurar um oftalmologista. O médico pode avaliar se existe necessidade de óculos para perto ou se há alguma doença ocular associada, como olho seco.
Cuidando da visão no trabalho remoto
A saúde visual é fundamental para garantir bem-estar e produtividade no home office. Pequenas mudanças na rotina — como respeitar pausas, ajustar a iluminação e a posição da tela, além de manter acompanhamento oftalmológico regular — ajudam a prevenir a Síndrome da Visão do Computador e a proteger seus olhos a longo prazo. Agende sua avaliação com um especialista pelo Agendaoftalmo e mantenha sua visão sempre saudável.
Observação: Este conteúdo é apenas informativo e não substitui a consulta com um profissional de saúde. Procure sempre seu oftalmologista para orientação personalizada.
Referências
- Rosenfield M. Computer vision syndrome: a review of ocular causes and potential treatments. Ophthalmic Physiol Opt. 2011;31(5):502-515.
- Portello JK, Rosenfield M, Chu CA. Blink rate, incomplete blinks and computer vision syndrome. Optom Vis Sci. 2013;90(5):482-487. 
- American Optometric Association (AOA). 20-20-20 rule (folheto).
