Síndrome de Horner: Causas, sintomas e diagnóstico

Última atualização em 14 de março de 2024 por

A Síndrome de Horner é uma condição rara e complexa que afeta o sistema nervoso
simpático e os olhos.

Também chamada de “paralisia óculo-simpática”, a condição resulta do rompimento das
fibras nervosas da via simpática ocular, um caminho de nervos que vai do cérebro –
passando por várias estruturas – até os olhos.

Essa interrupção pode ser causada por diversas condições, levando a uma tríade
sintomática no olho e na face do lado afetado (unilateral).

Neste artigo, vamos esmiuçar em detalhes quais são esses três sintomas principais, suas
causas, diagnóstico e opções de tratamento, fornecendo um entendimento abrangente
dessa rara condição.

Qual é o quadro sintomático?

A Síndrome de Horner é caracterizada pela tríade de sintomas:

  1. Ptose palpebral leve: pequena queda da pálpebra superior
  2. Miose: diminuição do tamanho da pupila que leva uma anisocoria (diferença no tamanho da pupila entre os 2 olhos)
  3. Anidrose: ausência ou diminuição de suor no lado da face afetado

É importante destacar que estes sintomas geralmente são unilaterais, afetando apenas um
dos olhos e um lado do rosto.

Além disso, em alguns casos mais raros, pode ocorrer enoftalmia, que é quando o olho está mais recuado dentro da órbita.

Quais as causas?

Uma síndrome, por definição, é um conjunto de sintomas que podem não ter uma causa
única.

No caso da Síndrome de Horner, há inúmeras causas possíveis. Isso porque as fibras
nervosas simpáticas que conectam o cérebro e os olhos fazem um longo caminho: do
cérebro descem até a medula espinhal, avançam pelo tórax e voltam para cima, através do
pescoço, junto à artéria carótida, atravessando o crânio até a parte interna dos olhos.

Qualquer problema em alguma dessas partes (cabeça, cérebro, medula espinhal, tórax,
pescoço) pode causá-la, como:

  • Lesões no caminho nervoso: que podem ocorrer devido a um acidente vascular cerebral, tumores ou cirurgias.
  • Dissecção da artéria carótida: um rasgo na artéria carótida, impedimento que o sangue chegue adequadamente ao cérebro.
  • Tumores de Pancoast: um câncer no ápice do pulmão que pode pressionar o caminho nervoso.
  • Condições congênitas: alguns bebês já podem nascer com a condição devido a lesões durante o parto e nesses casos pode haver heterocromia (diferença de cor entre os olhos)

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da Síndrome de Horner é feito pelo médico oftalmologista (ou neuroftalmologista) através de uma combinação de exames e testes específicos.

Para detectar a síndrome, podem ser realizados testes com colírios que reagem de forma diferente dependendo da presença ou não da síndrome.

Já para descobrir a causa subjacente, devem ser solicitados alguns exames de imagem, como a ressonância magnética (RMN) ou tomografia computadorizada (TC).

Quais as opções de tratamento?

O tratamento da Síndrome de Horner sempre deve ser focado na causa subjacente. Não há um tratamento específico para a síndrome em si, mas tratar a condição que a provocou pode aliviar os sintomas.

Isso pode incluir cirurgia para remover tumores, reparar artérias, tratar as infecções, ou manejar as outras condições médicas preexistentes.

Conclusão

Compreender a Síndrome de Horner é crucial para buscar o diagnóstico e tratamento adequados, e com o apoio de profissionais de saúde especializados, os pacientes podem receber o cuidado necessário para gerenciar os sintomas e tratar a causa subjacente.

Se você ou alguém que conhece está enfrentando sintomas semelhantes, é importante procurar orientação médica para garantir um diagnóstico preciso e explorar as melhores opções de tratamento disponíveis.