Tela de Amsler: Entenda melhor como a utilizar

Última atualização em 23 de abril de 2024 por

Seja bem-vindo ao guia completo sobre o teste da Tela de Amsler, uma ferramenta essencial na detecção precoce de problemas na retina.

Neste artigo, exploraremos tudo o que você precisa saber para entender e utilizar eficazmente esse teste, garantindo assim a saúde dos seus olhos e a preservação da sua visão.

O que é a Tela de Amsler

O teste da tela de Amsler procura detectar alterações na retina. 

É uma forma de avaliação fácil, não invasiva e de baixo custo. 

A tela é composta por quadrados igualmente distanciados com um ponto de fixação no centro. 

A Tela de Amsler foi desenvolvida pelo oftalmologista suíço Marc Amsler em 1947.

Amsler nasceu em 1891 em Basel, Suíça, e estudou medicina na Universidade de Basel, onde obteve seu doutorado em 1917. 

Após completar seus estudos, ele trabalhou como oftalmologista em várias instituições na Suíça e na Alemanha.

A inspiração para a criação da Tela de Amsler veio da necessidade de desenvolver uma ferramenta simples e eficaz para detectar alterações na visão central. 

A Tela de Amsler foi um avanço significativo no diagnóstico precoce de problemas oculares e se tornou uma ferramenta fundamental na prática oftalmológica. 

Atualmente, é amplamente utilizada em todo o mundo como parte da avaliação da saúde da retina e na detecção precoce de condições oculares, permitindo um tratamento mais eficaz e a preservação da visão.

Indicações

Seu uso é recomendado para o acompanhamento de doenças que afetam a retina, como degeneração macular relacionada à idade, edema macular diabético e miopia patológica. 

Quando há alterações, o paciente pode perceber distorções nas linhas, como ondulações, áreas embaçadas ou pontos cegos.

Como usar a Tela de Amsler?

  1. Coloque os seus óculos de visão para perto ou bifocais/progressivos;
  2. Segure a tela a uma distância de visão ao perto confortável; 
  3. Garanta boa iluminação e oclua um dos olhos;
  4. Fixe o círculo preto no centro da tela;
  5. Fixando sempre o círculo preto, observe se alguma das linhas verticais ou horizontais está distorcida, ou se faltam detalhes dos quadrados em volta;
  6. Caso exista alguma alteração, marque o local do defeito 
  7. Teste o outro olho. Deve-se testar um olho de cada vez.
tela de amsler
Exemplos de alterações

Tipos de escotomas

Na tela de Amsler, os escotomas são áreas de perda ou redução da visão que podem indicar uma série de condições oculares, como degeneração macular, glaucoma ou descolamento de retina. 

Existem diferentes tipos de escotomas que podem ser identificados durante o teste da Tela de Amsler:

  1. Escotoma central: este é o tipo mais comum de escotoma e envolve a perda ou redução da visão na área central da grade. Pode se manifestar como uma área borrada, distorcida ou desfocada no centro da visão.
  2. Escotoma paracentral: este tipo de escotoma afeta a visão ligeiramente fora do centro, muitas vezes aparecendo como uma mancha escura ou área distorcida próximo à região central da grade.
  3. Escotoma ceco-central: este tipo de escotoma afeta tanto a visão central quanto a periférica, criando uma área de perda de visão que se estende do centro em direção à periferia da grade.
  4. Escotoma periférico: este tipo de escotoma ocorre nas bordas da tela de Amsler e pode aparecer como áreas de perda de visão, linhas distorcidas ou pontos cegos nas extremidades da grade.
  5. Escotoma em anel: este é um tipo menos comum de escotoma que se manifesta como uma área de perda de visão em forma de anel ao redor da visão central. Pode indicar condições como glaucoma ou descolamento de retina.

Limitações

Apesar dos diversos benefícios, é importante reconhecer suas limitações:

  1. Detecção limitada de condições periféricas: a Tela de Amsler é projetada principalmente para detectar alterações na visão central. Condições que afetam principalmente a visão periférica podem não ser detectadas durante o teste.
  2. Necessidade de colaboração do paciente: o teste da Tela de Amsler requer que o paciente relate qualquer distorção ou alteração na visão durante o teste. Pacientes com dificuldades cognitivas ou de comunicação podem ter dificuldade em fornecer informações precisas.
  3. Interpretação subjetiva: a interpretação dos resultados da Tela de Amsler pode ser subjetiva e depende da capacidade do paciente de descrever suas percepções visuais. Isso pode levar a variações na interpretação dos resultados entre diferentes profissionais de saúde.
  4. Não é um substituto para exames oftalmológicos completos: embora a Tela de Amsler seja útil na detecção precoce de certas condições oculares, não substitui um exame oftalmológico completo realizado por um médico oftalmologista qualificado. Outros testes e exames podem ser necessários para confirmar um diagnóstico e determinar o plano de tratamento adequado.
  5. Não detecta alterações mínimas: pequenas alterações na visão podem não ser detectadas durante o teste da Tela de Amsler, especialmente se o paciente não estiver familiarizado com o teste ou não estiver realizando-o corretamente.
  6. Erros refracionais: miopia ou hipermetropia, podem influenciar no resultado do teste. Além disso, opacidades oculares frequentemente encontradas na população, como catarata ou distrofias corneanas, também podem simular alterações.

Conclusão

A Tela de Amsler é uma ferramenta simples, mas poderosa na manutenção da saúde ocular

Ao detectar precocemente alterações na visão central, pode ajudar a prevenir a perda de visão associada a diversas doenças. 

Incorporar o teste da Tela de Amsler à rotina de cuidados com os olhos pode ser um passo importante na preservação da visão e na qualidade de vida a longo prazo.

Com essa ferramenta, o paciente consegue ser agente ativo no controle da sua doença, podendo detectar de forma precoce alterações do campo de visão. 

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Referência

KARA-JUNIOR, Newton; HIDA, Wilson Takashi; SANTHIAGO, Marcony; YAMANE, Iris; CARRICONDO, Pedro Carlos; KARA-JOSE, Newton. Alterações na tela de Amsler entre pacientes com catarata senil. Rev Bras Oftalmol., v. 68, n. 1, p. 18-21, fev. 2009.

ISAAC, D. L. C.; ÁVILA, M. P. DE .; CIALDINI, A. P.. Comparison of the original Amsler grid with the preferential hyperacuity perimeter for detecting choroidal neovascularization in age-related macular degeneration. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, v. 70, n. 5, p. 771–776, set. 2007.