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Ceratocone tem cura? Entenda a gravidade, opções de tratamentos e prognóstico

Close-up de olho com possível deformação da córnea, ilustrando o tema "ceratocone tem cura".

Ceratocone tem cura? Essa é uma dúvida comum entre quem convive com a condição. Embora não exista cura definitiva, a boa notícia é que o ceratocone pode ser controlado e, em muitos casos, os prejuízos à visão podem ser estabilizados ou até revertidos com os tratamentos adequados. Trata-se de uma

Sumário

Ceratocone tem cura? Essa é uma dúvida comum entre quem convive com a condição. Embora não exista cura definitiva, a boa notícia é que o ceratocone pode ser controlado e, em muitos casos, os prejuízos à visão podem ser estabilizados ou até revertidos com os tratamentos adequados. 

Trata-se de uma doença ocular progressiva, que afina e deforma a córnea. Com isso, acaba comprometendo a qualidade da visão. Neste artigo, explicamos com clareza quais são as opções de tratamento e como é possível preservar a saúde da sua visão.

O que é ceratocone e como ele afeta a visão?

O ceratocone é uma alteração da córnea, que é um tecido transparente localizado na parte da frente do olho. Essa doença causa um afinamento progressivo, resultando em uma córnea com formato cônico e irregular.

Ceratocone tem cura? Entenda a gravidade, opções de tratamentos e prognóstico
Fonte: Hospital de Olhos de Blumenau

Entre os principais sintomas estão:

Essas mudanças prejudicam diretamente a qualidade da visão, tornando as atividades cotidianas mais difíceis.

Ceratocone tem cura? Entenda o que a medicina diz

Embora seja uma dúvida frequente, o ceratocone não tem cura definitiva, mas possui tratamentos eficazes que ajudam a controlar sua progressão e a melhorar consideravelmente a qualidade visual. 

Quanto mais cedo o diagnóstico for realizado e o tratamento iniciado, melhores são as chances de estabilizar a doença e evitar complicações sérias, como a perda significativa da visão.

É possível reverter o ceratocone?

O ceratocone não pode ser totalmente revertido, pois é uma condição crônica e progressiva da córnea. No entanto, com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado, é possível estabilizar a doença e evitar que ela avance.

Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores são as chances de preservar a visão e minimizar os impactos no dia a dia.

Quais são os principais tratamentos para ceratocone?

O tratamento do ceratocone depende da gravidade e do estágio da doença. Entre as abordagens mais utilizadas estão:

  1. Óculos e lentes rígidas: indicados principalmente nas fases iniciais para corrigir astigmatismo irregular e melhorar a visão.
  2. Crosslinking da córnea: procedimento que fortalece as fibras de colágeno da córnea, estabilizando a doença e controlando sua progressão.
  3. Anéis intracorneanos: implantados na córnea para reduzir a deformação e melhorar a visão.
  4. Transplante de córnea: recomendado para casos mais avançados, quando outras alternativas não proporcionam melhora significativa.

Vale mencionar que a cirurgia tem custo variável, dependendo da técnica utilizada e da estrutura disponível no local do procedimento.

Quanto custa uma cirurgia para ceratocone?

O valor de uma cirurgia para corrigir o ceratocone varia bastante, dependendo do tipo de procedimento indicado, da clínica, da região e se será realizado em um ou dois olhos. Em média, o crosslinking — técnica mais comum para estabilizar a doença — custa entre R$ 3.000 e R$ 5.000 por olho. Já procedimentos mais complexos, como o transplante de córnea, podem ultrapassar R$ 7.000.

Além da cirurgia em si, é importante considerar os custos com consultas, exames pré-operatórios e acompanhamento após o procedimento.

Pacientes com plano de saúde devem verificar as condições contratuais, pois o crosslinking tem cobertura prevista desde 2018, embora possam existir exigências como carência ou critérios específicos. Já pelo SUS, o procedimento também é oferecido, mas pode haver fila de espera.

Por isso, o ideal é consultar um oftalmologista especialista em ceratocone para avaliar o caso e discutir as opções disponíveis.

Ceratocone é grave? Pode causar aposentadoria ou impedir de trabalhar?

O ceratocone pode ser considerado grave quando não tratado, especialmente em estágios avançados, já que compromete significativamente a visão. Embora rara, há possibilidade de aposentadoria por invalidez em situações extremas, quando mesmo com tratamentos não é possível restaurar uma visão funcional.

A grande maioria das pessoas com ceratocone, porém, mantém uma vida normal e produtiva, desde que realize o acompanhamento e tratamento adequado. Isso inclui também atividades como dirigir veículos, desde que a visão corrigida com lentes para ceratocone ou cirurgia atenda aos critérios legais necessários.

Controle do ceratocone é possível com tratamento adequado e acompanhamento oftalmológico

Mesmo sem uma cura definitiva, o ceratocone pode ser controlado efetivamente com o diagnóstico precoce, tratamento personalizado e acompanhamento constante com um oftalmologista especialista em córnea (também chamado de especialista em segmento anterior). 

Dessa forma, é possível manter uma excelente qualidade visual e prevenir a progressão da doença.

Agende uma consulta com um oftalmologista especialista em córnea e cuide da sua visão com acompanhamento de qualidade.

Perguntas frequentes sobre ceratocone

Ainda ficou com alguma dúvida? A seguir, confira as respostas para outras perguntas comuns sobre ceratocone:

Existe colírio para ceratocone?

Não há colírios que curem ou tratem diretamente o ceratocone, porém alguns colírios podem ajudar a aliviar sintomas específicos, como o desconforto provocado pelo olho seco.

Ceratocone tem cura com cirurgia?

A cirurgia não oferece uma cura definitiva, mas estabiliza o avanço da doença e melhora significativamente a visão, especialmente em casos mais avançados.

Quem tem ceratocone pode dirigir?

Sim, desde que a visão esteja corrigida adequadamente com lentes ou cirurgia, respeitando as normas de acuidade visual exigidas por lei.

Referências utilizadas para produção deste conteúdo:

Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Série Oftalmologia Brasileira: Córnea e Doenças Externas. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023.

American Academy of Ophthalmology (AAO). Basic and Clinical Science Course (BCSC): Cornea and External Disease. San Francisco, CA: American Academy of Ophthalmology, 2024.

Kanski, J. J.; Bowling, Brad. Kanski’s Clinical Ophthalmology: A Systematic Approach. 9ª ed. Londres: Elsevier, 2020. Capítulo 6: Diseases of the cornea.

Autor: Dr Renan Memória (CRM-SP 151.776)

 

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