Fotobiomodulação: Saiba as aplicações desse novoprocedimento

Última atualização em 8 de março de 2024 por

O que é a Fotobiomodulação

A Fotobiomodulação (FBM) na retina é uma técnica terapêutica inovadora que aplica laser de baixa potência visando a modulação de processos celulares para tratamento de doenças retinianas.
Este método, distinto das práticas convencionais de medicina a laser que dependem de mecanismos térmicos, baseia-se em efeitos fotoquímicos, ativando especificamente o citocromo coxidase na cadeia respiratória mitocondrial, o que resulta em
melhorias metabólicas celulares, aumento da produção de ATP e redução do estresse oxidativo.

Como é Realizado

A Fotobiomodulação (FBM) é realizada usando dispositivos que emitem luz em comprimentos de onda específicos, incluindo diodos emissores de luz (LEDs) ou lasers de baixa potência. Esses dispositivos aplicam luz visível a infravermelho próximo (500 a
1000 nm) diretamente na área de tratamento, como a retina, por exposições breves. O processo é indolor e realizado em ambiente ambulatorial, sendo necessário apenas o uso de anestesia tópica com colírio. O número de sessões necessárias para a Fotobiomodulação (FBM) varia de acordo com o protocolo específico utilizado e a condição clínica sendo tratada. O protocolo pode incluir múltiplas sessões ao longo de semanas ou meses, dependendo da resposta do paciente e da gravidade da condição.
Indicações Indicações clínicas incluem tratamento de degeneração macular relacionada à idade (DMRI), doenças vasculares da retina, retinite pigmentos, doença de Leber, intoxicação retiniana por metanol e alguns estudos apontam resultado para doença de Stargardt. A FBM demonstrou eficácia em estudos pré-clínicos e clínicos, reduzindo o estresse fotooxidativo, estresse hiperóxico e atividade angiogênica através da modulação de genes anti-inflamatórios e proteínas, e prevenção da morte celular.

Possíveis Complicações

O laser é não-invasivo e considerado seguro, sem relatos de efeitos adversos significativos nas pesquisas analisadas. Estudos destacam sua potencialidade como tratamento complementar para lesões retinianas e degenerações, evidenciando melhoras
funcionais na retina tratada em modelos animais e humanos.

Conclusão

Em conclusão, a FBM emerge como uma terapia promissora na oftalmologia, oferecendo um método alternativo ou complementar para o manejo de doenças retinianas hoje tidas como intratáveis.

Seu mecanismo de ação único, focado na modulação de processos celulares e na melhoria da função mitocondrial, abre novos caminhos para intervenções terapêuticas no tratamento de condições retinianas desafiadoras, com estudos demonstrando
melhorias significativas em acuidade visual e saúde retiniana.