A pressão do olho é um aspecto que muitas vezes passa despercebido, mas faz toda a diferença na saúde da visão. Ela pode se manter estável por anos ou subir silenciosamente, sem causar dor ou desconforto imediato. Por isso, pequenas mudanças podem indicar algo importante.
Se você já sentiu desconforto nos olhos, visão borrada ou apenas quer se prevenir, conhecer os fatores que influenciam a pressão do olho ajuda a tomar decisões mais seguras. Saber identificar quando algo não está certo é essencial para proteger a visão antes que surjam problemas graves.
Aqui, você vai entender o que é a pressão do olho, como identificar sinais de alerta, o que pode aumentar seus níveis e de que forma cuidar da saúde ocular de forma prática e eficiente.
O que é a pressão do olho?
A pressão ocular é resultado do equilíbrio entre a produção e a drenagem de um líquido chamado humor aquoso. Ele circula dentro do olho, nutrindo estruturas internas e mantendo a forma do globo ocular.
Quando há quantidade adequada de líquido e a drenagem funciona bem, a pressão fica dentro do esperado. Se esse equilíbrio se rompe, seja por excesso de produção ou dificuldade na drenagem, a pressão intraocular aumenta e pode causar danos.
Manter esse controle é essencial, pois a pressão alta dos olhos pode comprometer o nervo óptico e prejudicar a visão.
Como saber se a pressão está normal?
A pressão normal do olho varia entre 10 e 21 mmHg (milímetros de mercúrio). Esse número é obtido em uma consulta oftalmológica, por meio de um exame chamado tonometria.
É importante destacar que não existe como medir a pressão em casa. Ou seja, só o médico oftalmologista pode identificar se ela está dentro da faixa saudável.
Além do mais, cada pessoa pode reagir de forma diferente: alguns apresentam danos mesmo com valores considerados normais, enquanto outros conseguem tolerar pressões mais altas sem grandes alterações.
Por isso, a avaliação individualizada com o oftalmologista é indispensável para sua saúde.
Sintomas da pressão alta do olho
Na maioria das vezes, a pressão alta do olho não apresenta sintomas evidentes. Esse é o motivo pelo qual muitas pessoas descobrem o problema apenas em consultas de rotina. Mesmo assim, em alguns casos podem surgir sinais como:
- dor ocular;
- sensação de peso nos olhos;
- visão borrada;
- dor de cabeça;
- halos coloridos ao redor de luzes;
- vermelhidão persistente.
Vale lembrar que esses sintomas não aparecem em todos os casos. Muitas vezes, a pressão sobe de forma silenciosa, sem causar desconforto imediato. Por isso, a consulta regular ao oftalmologista é a principal forma de prevenção.
O que pode aumentar a pressão do olho?
Diversos fatores podem contribuir para o aumento da pressão no olho. Conhecer esses elementos ajuda a identificar riscos e tomar medidas preventivas. Entre os principais estão:
Histórico familiar
Pessoas que têm parentes próximos com glaucoma ou pressão alta do olho apresentam maior predisposição a desenvolver alterações na pressão ocular. Isso acontece porque algumas características do nervo óptico e da drenagem do humor aquoso podem ser herdadas.
Vale ressaltar que mesmo sem sintomas, quem tem histórico familiar deve realizar exames regulares.
Idade
O envelhecimento aumenta o risco de alterações na pressão do olho. A partir dos 40 anos, o sistema de drenagem do humor aquoso pode perder eficiência, favorecendo o acúmulo de líquido e a elevação da pressão ocular.
É por isso que os exames periódicos são ainda mais importantes nessa faixa etária, uma vez que pode haver o diagnóstico precoce.
Doenças crônicas
Condições como hipertensão arterial, diabetes e problemas na tireoide podem interferir na circulação ocular e na produção de líquido dentro do olho.
A pressão do olho pode se tornar mais difícil de controlar quando essas doenças não estão bem gerenciadas.
Manter exames médicos em dia e o tratamento das doenças crônicas ajuda a reduzir riscos para os olhos.
Uso de corticoides
Medicamentos à base de corticoides, usados em colírios, comprimidos ou pomadas, podem aumentar a pressão do olho se forem usados por longo período. Esse efeito é mais comum em pessoas com predisposição genética.
Por isso, nunca interrompa ou prolongue o uso desses medicamentos sem orientação médica.
Lesões oculares
Traumas ou cirurgias nos olhos podem afetar a drenagem natural do humor aquoso, aumentando a pressão ocular.
Mesmo ferimentos leves podem, em alguns casos, gerar alterações, por isso qualquer impacto nos olhos deve ser avaliado por um oftalmologista.
Anatomia do olho
Pessoas com córnea mais fina, ângulo de drenagem estreito ou determinadas conformações anatômicas têm maior risco de pressão alta no olho.
Esses fatores tornam a avaliação médica ainda mais importante, pois só o exame clínico pode identificar essas particularidades.
Estilo de vida
Hábitos como tabagismo, obesidade e sedentarismo também podem contribuir para o aumento da pressão no olho.
A prática regular de exercícios físicos, alimentação balanceada e abandono do tabagismo ajudam a manter a pressão ocular estável e a saúde geral dos olhos.
Glaucoma: esteja atento à doença silenciosa
A pressão alta do olho é o principal fator de risco para o desenvolvimento do glaucoma. Essa é uma doença que danifica o nervo óptico e pode levar à perda de visão de forma irreversível.
E vale ressaltar que o glaucoma não é encontrado em casos raros, muito pelo contrário. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), estima-se que mais de 1,7 milhão de pessoas no Brasil tenham glaucoma.
O problema é que chamamos essa condição de silenciosa, porque geralmente não apresenta sintomas no início. Quando a pessoa percebe dificuldades visuais, a doença já pode estar em estágio avançado.
Existem diferentes tipos de glaucoma. Na maioria deles, a pressão ocular elevada é o principal fator de risco, mas mesmo valores dentro da faixa considerada normal podem causar dano em pessoas mais suscetíveis. O acompanhamento periódico com oftalmologista permite identificar a doença precocemente e iniciar o tratamento, evitando perdas importantes na visão.
Outras doenças que podem causar aumento de pressão do olho
Além do glaucoma e da pressão alta do olho por fatores isolados, várias doenças podem contribuir para a elevação da pressão ocular. Entender essas condições ajuda a identificar riscos e agir rapidamente para proteger a visão. Entre as principais estão:
Diabetes
O diabetes pode afetar os vasos sanguíneos do olho, prejudicando a circulação do humor aquoso, o líquido que mantém a pressão ocular equilibrada.
Essa alteração pode levar à pressão alta do olho e, se não for acompanhada, aumenta o risco de danos ao nervo óptico.
Quem tem diabetes deve fazer exames oftalmológicos regulares, mesmo sem sintomas visíveis.
Hipertensão arterial
A pressão alta no corpo não afeta apenas o coração e os rins. Ela também pode interferir na circulação ocular e na drenagem do humor aquoso.
Quando essa drenagem é comprometida, a pressão do olho sobe, podendo causar desconforto ou complicações silenciosas, como o dano ao nervo óptico.
Doenças da tireoide
Problemas como hipertireoidismo ou hipotireoidismo podem alterar os músculos e tecidos ao redor dos olhos, mudando a posição ou a pressão sobre algumas estruturas internas.
Essas mudanças podem dificultar o escoamento do humor aquoso, resultando em aumento da pressão do olho.
Inflamações oculares
Inflamações graves, como uveíte ou conjuntivite intensa, podem afetar a produção e a drenagem do humor aquoso.
Em alguns casos, essa alteração é temporária, mas se a inflamação persistir, a pressão ocular pode permanecer alta por mais tempo, aumentando o risco de danos ao nervo óptico e à visão.
Tumores oculares
Massas localizadas dentro do olho ou atrás dele podem pressionar estruturas internas, bloqueando o fluxo normal do líquido ocular.
Mesmo tumores pequenos podem causar elevação da pressão do olho, e o diagnóstico precoce é fundamental para preservar a visão.
Doenças vasculares
Problemas que afetam os vasos sanguíneos do olho, como trombose, retinopatia ou alterações nos capilares, podem dificultar a drenagem do humor aquoso. Essa dificuldade pode levar à pressão alta do olho, aumentando o risco de complicações visuais.
Reconhecer essas condições e tratá-las corretamente é essencial. Mesmo aumentos temporários da pressão do olho podem causar alterações no nervo óptico e comprometer a visão ao longo do tempo.
Consultas regulares ao oftalmologista são a melhor forma de monitorar e prevenir problemas.
Como cuidar da pressão do olho?
Cuidar da pressão do olho envolve hábitos de saúde e acompanhamento médico regular. Algumas medidas importantes são:
- realizar consultas periódicas;
- controlar doenças crônicas;
- seguir corretamente o uso de medicamentos;
- praticar atividade física;
- evitar o uso prolongado de corticoides sem acompanhamento;
- manter uma alimentação equilibrada.
Esses cuidados não substituem o acompanhamento médico, mas ajudam a manter a pressão sob controle e reduzem riscos futuros.
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Se você desconfia de pressão alta do olho ou quer manter o acompanhamento em dia, contar com uma ferramenta que facilita o acesso ao oftalmologista pode fazer toda a diferença.
O Agenda Oftalmo conecta você com oftalmologistas de forma simples e rápida. Em poucos cliques, é possível marcar uma consulta com um médico de confiança, próximo da sua região.
O acompanhamento profissional é a única maneira de garantir que a pressão do olho esteja controlada e que sua visão esteja protegida. Quanto antes for identificado qualquer problema, maiores são as chances de preservar a saúde ocular.
Agende sua consulta e cuide hoje da visão que vai acompanhar você por toda a vida.
