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Cor dos olhos: saiba como funciona a Íris

cor dos olhos

A cor dos olhos é um tema que desperta curiosidade em pacientes e, em algumas situações, levanta questões importantes durante o atendimento oftalmológico. Entender como a íris funciona é fundamental para explicar aos pacientes desde características genéticas até possíveis alterações ou procedimentos estéticos. Além disso, permite orientar com clareza quem

Sumário

A cor dos olhos é um tema que desperta curiosidade em pacientes e, em algumas situações, levanta questões importantes durante o atendimento oftalmológico. 

Entender como a íris funciona é fundamental para explicar aos pacientes desde características genéticas até possíveis alterações ou procedimentos estéticos. 

Além disso, permite orientar com clareza quem busca informações confiáveis, principalmente diante do crescimento de cirurgias para mudança de cor.

O que é a íris dos olhos?

A íris dos olhos é uma estrutura localizada entre a córnea e o cristalino, sendo responsável por controlar a quantidade de luz que entra no olho. Ou seja, regula o tamanho da pupila.

Essa parte do olho funciona como o diafragma de uma câmera fotográfica: se adapta à intensidade luminosa, protegendo a retina.

Como se define a cor dos olhos?

A cor dos olhos é determinada por fatores genéticos. O que define se uma pessoa terá olhos castanhos, verdes ou azuis é a quantidade de melanina presente na íris. Quanto mais melanina, mais escura será a coloração. Por isso, olhos castanhos são mais comuns no mundo.

A distribuição da melanina nas camadas anterior e posterior da íris também interfere na tonalidade. Na maioria das pessoas, a camada posterior é sempre escura. A diferença de cor vem da camada anterior, onde a concentração de melanócitos varia.

Múltiplos genes estão envolvidos no processo, ou seja, não se trata de uma herança simples de dominância e recessividade, como se pensava anos atrás. 

Outro ponto interessante é que fatores podem afetar temporariamente a percepção da cor dos olhos. Iluminação, uso de medicamentos ou dilatação da pupila são alguns exemplos. Certas doenças também podem causar mudanças permanentes na coloração, como em casos de heterocromia adquirida, por exemplo.

Como saber qual é a cor dos olhos que o filho irá herdar?

Essa é uma dúvida comum em consultórios, porque muitos pacientes querem saber se o filho terá olhos claros ou escuros. E mesmo que a resposta exata só venha com o nascimento, é possível fazer estimativas com base na genética dos pais.

Como mencionado, a cor dos olhos não segue uma regra simples. No entanto, é possível entender as probabilidades. Por exemplo, pais com olhos claros têm maior chance de ter filhos com a mesma característica. Já se um dos pais tem olhos castanhos e o outro tem olhos claros, a possibilidade mais forte favorece os castanhos, mas não exclui a chance da outra cor.

Hoje em dia, existem diversas calculadoras genéticas online que tentam prever a cor dos olhos com base nas características familiares. Ainda assim, elas não são totalmente precisas, justamente pela quantidade de genes envolvidos.

Por isso, cabe ao oftalmologista explicar essa complexidade com clareza. O paciente precisa entender que não existe uma fórmula exata, mas sim uma combinação de fatores genéticos que influenciam a formação da íris dos olhos.

Cirurgia para mudar a cor dos olhos: você já foi questionado sobre o tema?

Nos últimos anos, têm aumentado os questionamentos sobre cirurgias que prometem alterar a cor dos olhos. O último caso mais famoso foi o da Maya Massafera.

Esse é um tema que costuma surgir em consultas, especialmente entre pacientes mais jovens ou com acesso a redes sociais. Diante disso, é importante que o oftalmologista esteja preparado para responder com base em evidências, explicando o que é possível e o que representa risco à saúde ocular.

Ouça agora o que o médico Marco Negueiro tem a dizer sobre valer a pena ou não mudar a cor dos olhos: 

 

🎵 Ouça o episódio no Spotify: Mudar a cor dos olhos, vale o risco?

 

Tipos de cirurgia para mudar a cor dos olhos

Há duas técnicas principais associadas à mudança da cor dos olhos: a implantação de próteses coloridas e a ceratopigmentação.

Na primeira, é colocada uma prótese artificial de silicone colorida sobre a íris natural. Essa técnica não é aprovada em diversos países, inclusive no Brasil, devido aos riscos elevados. 

Já a ceratopigmentação é um procedimento mais recente, e também proibida no Brasil para fins estéticos – no qual pigmentos são inseridos na córnea para simular outra cor. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) orienta que essa cirurgia seja feita apenas em olhos com perda visual irreversível, com a finalidade de melhorar a aparência de córneas opacas ou esbranquiçadas.

Riscos da ceratopigmentação

A ceratopigmentação pode causar:

  • inflamações;
  • infecções; 
  • sensibilidade à luz;
  • aumento da pressão intraocular;
  • opacidades corneanas. 

Outro ponto importante a ressaltar é que a mudança de cor pode ser irreversível. Mesmo que a técnica permita retirar pigmentos, os danos à estrutura ocular podem persistir. Alguns pacientes relatam complicações meses ou até anos após o procedimento.

Por isso, o papel do oftalmologista é orientar com base na saúde ocular, colocando os riscos à frente da estética.

Como aconselhar o paciente sobre mudar a cor dos olhos

Muitos pacientes não têm ideia de que se trata de um procedimento com altos riscos e podem acreditar que mudar a cor dos olhos é tão simples quanto usar uma lente de contato. 

Por isso, ao ser questionado sobre esse tipo de cirurgia, o ideal é adotar uma abordagem delicada, mas sempre com dados para demonstrar autoridade. Afinal, quando explicamos os riscos com clareza e de maneira empática, nós ajudamos o paciente a tomar uma decisão mais consciente, retirando sua vontade impulsiva. 

É importante usar esse momento para reforçar a importância da saúde ocular e desmistificar informações falsas que circulam nas redes sociais.

E, por fim, é possível indicar possibilidades mais seguras, como lentes coloridas com grau, devidamente prescritas.

Orientar o paciente sobre a cor dos olhos tem sua importância

A cor dos olhos continua sendo um tema relevante nos consultórios e vêm crescendo devido ao boom de informações das redes sociais. 

Saber explicar com clareza como a íris funciona e como a genética influencia sua aparência fortalece a relação com o paciente. 

Além disso, também esteja pronto para responder dúvidas com segurança, especialmente em temas sensíveis como mudanças estéticas.

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