A cirurgia de pterígio é o procedimento indicado para remover a proliferação fibrovascular conhecida popularmente como “carne no olho”, que se estende da conjuntiva em direção à córnea. Embora nem todos os casos de pterígio exijam cirurgia, quando há desconforto ocular, astigmatismo induzido, alterações estéticas ou risco de comprometimento da visão, o tratamento cirúrgico torna-se necessário.
Fatores de risco para progressão incluem exposição solar crônica, olho seco, alergias oculares e contato com poeira ou poluição, tornando o acompanhamento oftalmológico fundamental.
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Indicações para Cirurgia de Pterígio
A cirurgia é indicada quando o pterígio causa:
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Desconforto ocular ou inflamação
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Alteração visual por astigmatismo induzido
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Progressão em direção ao eixo visual
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Restrição da movimentação ocular
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Questões estéticas
O objetivo do procedimento é garantir uma superfície ocular clara e topograficamente regular, promovendo conforto e preservação da visão.
Técnicas Cirúrgicas Utilizadas
Escolha da Anestesia
O tipo de anestesia depende do tamanho e profundidade do pterígio e da experiência do cirurgião:
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Tópica ou subconjuntival (mais comuns)
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Perilimbar ou retrobulbar (em casos mais complexos)
Procedimento Cirúrgico
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Marcação e ressecção: As margens do pterígio são delineadas, e o tecido fibrovascular é cuidadosamente removido, preservando a esclera e evitando trauma aos músculos oculares.
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Cobertura da esclera: Pode ser feita com:
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Fechamento primário da conjuntiva
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Transplante conjuntival
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Transplante conjuntival com células limbares (menor taxa de recidiva)
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Uso de antimitóticos: A Mitomicina pode ser utilizada para reduzir recidivas, embora possa apresentar riscos, como afinamento escleral.
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Suturas ou cola biológica: A escolha depende da preferência do cirurgião, com vantagens como menor desconforto e risco de complicações no pós-operatório.
Cuidados Pós-Operatórios Após Cirurgia de Pterígio
Após o procedimento, são recomendados:
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Uso de colírios anti-inflamatórios e antibióticos, conforme prescrição médica
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Controle de dor e ardência ocular, geralmente com analgésicos orais
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Retirada de pontos cirúrgicos, se aplicável
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Retorno gradual às atividades cotidianas: atividades leves a partir da 1ª semana e esforços físicos somente após 3 semanas
Complicações e Riscos da Cirurgia de Pterígio
Como qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos, incluindo:
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Recidiva do pterígio (mais comum se a técnica ou cuidados pós-operatórios não forem adequados)
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Inflamação local, edema ou desconforto transitório
A escolha da técnica cirúrgica correta, o uso de transplante conjuntival com células limbares e o acompanhamento oftalmológico rigoroso são fundamentais para minimizar riscos.
Importância do Acompanhamento e Escolha da Técnica Cirúrgica
A cirurgia de pterígio é o tratamento definitivo quando há comprometimento ocular significativo. A técnica mais recomendada é o transplante conjuntival com células limbares, que apresenta as menores taxas de recidiva. A decisão sobre o uso de suturas ou cola biológica deve ser discutida com seu oftalmologista, considerando que ambos apresentam resultados semelhantes em termos de recidiva, mas podem diferir em conforto pós-operatório e custo.
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