Panfotocoagulação: Saiba tudo sobre esse procedimento

panfotocoagulação
Essa técnica pode ser recomendada para tratar uma variedade de condições que afetam a saúde ocular.
Sumário

Você já ouviu falar sobre panfotocoagulação?

Essa técnica pode ser recomendada para tratar uma variedade de condições que afetam a saúde ocular.

As principais indicações são isquemia retiniana (falta de sangue na retina) e neovascularização retiniana (formação de novos vasos sanguíneos), seja qual for a causa.

Siga a leitura para compreender exatamente o que é o procedimento, quais são suas indicações e possíveis complicações.

Explicando o procedimento

A palavra “panfotocoagulação” pode ser desmembrada em suas três partes constituintes: “pan”= total; “foto” = luz; “coagulação”.

Ou seja, significa uma coagulação total por luz (laser).

Em essência, essa técnica minimamente invasiva emite feixes de energia luminosa concentrada para induzir a coagulação de vasos sanguíneos anômalos da retina e de tecidos oculares adjacentes, resultando na obliteração desses vasos e na regeneração tecidual.

Simplificando: a artimanha usa o calor de um laser para destruir os vasos sanguíneos da retina (parede interna do olho) e outros tecidos anormais dos olhos.

Como é realizada a panfotocoagulação?

  1. O paciente recebe anestesia local nos olhos e colírios especiais para dilatar as pupilas.
  2. O médico oftalmologista utiliza um laser para aplicar pequenas rajadas de luz em diferentes áreas da retina, conforme necessário para o tratamento da condição específica.
  3. O procedimento pode ser indolor ou haver leves sensações de “picada de alfinete”, além do aumento de sensibilidade e um leve embaçamento visual.
  4. O procedimento leva normalmente entre 15-40 minutos e não requer internação hospitalar. A quantidade de sessões e do laser aplicado pode variar conforme a gravidade da condição.

Quais são os casos em que o procedimento é indicado?

A panfotocoagulação pode ser indicada para tratar uma série de condições, como:

  • Retinopatia diabética proliferativa: complicação comum da diabete que afeta os vasos sanguíneos da retina levando a sangramento e edema.
  • Retinopatia da prematuridade: condição que afeta bebês prematuros e pode levar ao desenvolvimento de neovascularização retiniana e descolamento de retina.
  • Glaucoma neovascular: forma agressiva de glaucoma que pode se desenvolver como resultado de uma neovascularização da íris ou da parte anterior do olho.
  • Degeneração macular relacionada à idade: um distúrbio que causa perda de visão central devido ao dano à mácula (parte central da retina).

Saiba quais são as possíveis complicações

Por mais a panfotocoagulação seja considerada um procedimento minimamente invasivo e seguro, não é totalmente isenta de riscos, já que se trata de uma destruição térmica deliberada do tecido da retina.

Em casos raros, pode ocorrer:

  • Perda da visão central ou periférica
  • Alterações temporárias na visão
  • Sangramento intraocular
  • Inchaço da retina
  • Queimaduras acidentais

Conclusão

A panfotocoagulação se destaca como uma das terapêuticas mais modernas da oftalmologia moderna e uma ferramenta essencial no tratamento de doenças retinianas que afetam a visão.

Com avanços contínuos em técnicas e equipamentos, é uma opção altamente eficaz e segura para estabilizar ou melhorar a saúde da retina e da visão.

No entanto, é crucial enfatizar a importância da detecção precoce das doenças retinianas, destacando a necessidade de consultas regulares ao oftalmologista.

Mais artigos

Cirurgia de astigmatismo
Cirurgia nos olhos
Dra. Lorena Vergara

Cirurgia de astigmatismo

Uma cirurgia de astigmatismo pode proporcionar uma nova maneira de enxergar o mundo – literalmente. Confira como funciona esse procedimento e o que você deve esperar do seu médico e cirurgião nesse processo.

Leia mais »