A panfotocoagulação é um procedimento oftalmológico moderno, realizado com laser, que tem como objetivo preservar a visão e prevenir danos graves à retina causados por doenças vasculares e degenerativas. Este tratamento é especialmente indicado em condições que envolvem isquemia retiniana (falta de circulação sanguínea na retina) e neovascularização retiniana (formação de novos vasos sanguíneos anormais), protegendo a saúde ocular e prevenindo complicações graves.
Para pacientes com retinopatia diabética proliferativa, o procedimento pode ser decisivo para estabilizar a visão e reduzir o risco de descolamento de retina. Além disso, a panfotocoagulação é recomendada em outras doenças retinianas, como oclusões venosas, glaucoma neovascular e degeneração macular relacionada à idade.
O que é a panfotocoagulação e como funciona
O termo “panfotocoagulação” é derivado de três palavras:
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Pan = total
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Foto = luz
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Coagulação = coagulação
Ou seja, a técnica consiste em uma coagulação total da retina utilizando luz concentrada do laser.
O procedimento utiliza feixes de energia luminosa para obliterar vasos sanguíneos anômalos e tecidos retinianos afetados, estimulando a regeneração e estabilização da retina. Um dos diferenciais da panfotocoagulação é a preservação das áreas centrais, como mácula e fóvea, essenciais para a visão detalhada e central.
Em termos simples, o laser atua controladamente para destruir vasos e tecidos anormais, enquanto áreas saudáveis são preservadas, reduzindo o risco de perda visual significativa.
Indicações da panfotocoagulação
A panfotocoagulação é indicada em diversas situações clínicas, incluindo:
Retinopatia diabética proliferativa
Complicação comum da diabetes que provoca sangramentos e edema nos vasos da retina, aumentando o risco de descolamento e perda visual.
Oclusões venosas da retina
Bloqueios que comprometem a circulação sanguínea da retina, podendo gerar isquemia e neovascularização secundária.
Neovascularização ocular secundária
Formação de novos vasos anormais em resposta a doenças retinianas diversas.
Retinopatia da prematuridade
Afeta bebês prematuros e pode evoluir para descolamento de retina se não tratada precocemente.
Glaucoma neovascular
Forma agressiva de glaucoma, associada à neovascularização da íris ou do segmento anterior do olho.
Degeneração macular relacionada à idade
Distúrbio que causa perda da visão central devido ao dano da mácula, afetando atividades diárias como leitura e reconhecimento de rostos.
A decisão pelo procedimento depende de avaliação clínica detalhada, considerando estágio da doença, saúde geral da retina e histórico do paciente.
Como é realizada a panfotocoagulação
A panfotocoagulação é realizada em ambiente ambulatorial, sem necessidade de internação hospitalar. O procedimento segue etapas específicas:
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Preparação do paciente: anestesia local nos olhos e colírios para dilatar as pupilas.
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Aplicação do laser: pequenas rajadas de luz são direcionadas a áreas específicas da retina que necessitam de tratamento, poupando regiões centrais como a mácula.
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Sensações durante o procedimento: pode haver leve sensação de “picadas de alfinete”, aumento da sensibilidade à luz e embaçamento visual temporário.
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Duração e sessões: cada sessão dura entre 15 e 40 minutos, e o número de sessões varia conforme a gravidade da condição e a resposta da retina ao laser.
O objetivo é atingir uma coagulação uniforme das áreas afetadas, evitando a proliferação de vasos anormais e mantendo a integridade da retina saudável.
Possíveis complicações da panfotocoagulação
Apesar de ser minimamente invasiva e segura, a panfotocoagulação envolve destruição térmica controlada do tecido retiniano e pode apresentar algumas complicações:
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Dor ocular leve
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Fotopsias (luzes piscando)
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Alterações temporárias na visão
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Inchaço da retina
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Sangramentos intraoculares
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Queimaduras acidentais
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Perda rara de visão central ou periférica
Na maioria dos casos, essas complicações são gerenciáveis com acompanhamento especializado. É essencial discutir todos os riscos com o oftalmologista antes do procedimento.
Benefícios e importância do acompanhamento
A panfotocoagulação oferece diversos benefícios para pacientes com doenças da retina:
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Estabiliza ou melhora a condição da retina
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Preserva a visão central e periférica
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Minimamente invasiva e segura quando realizada por especialistas
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Previne complicações graves, como descolamento de retina ou perda irreversível da visão
O sucesso do tratamento depende da detecção precoce da doença e do acompanhamento regular com oftalmologista. Consultas periódicas são essenciais para pacientes com diabetes, histórico familiar de doenças retinianas ou outras condições que possam comprometer a circulação da retina.
A panfotocoagulação é, portanto, uma ferramenta crucial na oftalmologia moderna, oferecendo uma combinação de eficácia, segurança e preservação visual quando realizada corretamente e com monitoramento contínuo.
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