Certificado ISO 27001

Corpo Estranho Corneano no Trabalho: saiba tudo

Corpo Estranho Corneano no Trabalho: saiba tudo
É definido como um objeto, de qualquer origem, que penetrou total ou parcialmente o tecido da córnea.
Sumário

O que é?

É definido como um objeto, de qualquer origem, que penetrou total ou parcialmente o tecido da córnea.

Causas

A principal causa relacionada a essa condição são os acidentes de trabalho.

Profissões que trabalham com a construção civil, bem como aquelas que trabalham em áreas rurais, estão mais sujeitas a esses acidentes.

Sintomas

Incluem a sensação de corpo estranho, lacrimejamento, fotofobia, vermelhidão e, ocasionalmente, secreção.

A visão é raramente afetada.

Durante o exame com lâmpada de fenda, é possível encontrar o corpo estranho na região corneana ou conjuntival, com ou sem um anel ferruginoso circundando-o.

Avaliação

Desde o momento em que o paciente chega ao pronto-socorro oftalmológico, o médico deve realizar os seguintes passos:

  • História: determinar o mecanismo da lesão, tentar determinar o tamanho, formato, velocidade, força e composição do objeto para afastar possível acometimento intraocular.
  • Documentar a acuidade visual antes de realizar qualquer procedimento.
  • Exame de lâmpada de fenda: localizar e avaliar a profundidade do corpo estranho. Examinar cuidadosamente possíveis locais de entrada e possíveis sinais que indiquem a possibilidade de acometimento intraocular. Além disso, a eversão das pálpebras com inspeção dos fórnices à procura de corpos estranhos adicionais é de extrema importância para o tratamento subsequente.
  • Dilatar o olho: em caso de história e exame de biomicroscopia anteriores sugestivos de acometimento intraocular, a avaliação de estruturas localizadas dentro do olho é essencial para o prognóstico do paciente. Se necessário, exames como ultrassonografia ou tomografia podem ser considerados.

Tratamento

De maneira geral, os seguintes passos devem ser seguidos:

  1. Aplicar anestésico tópico e remover o corpo estranho corneano com uma lanceta ou pinça fina sob a lâmpada de fenda.
  2. Remover completamente o anel ferruginoso, preferencialmente na primeira tentativa.
  3. Medir e fazer um diagrama do tamanho do defeito epitelial corneano resultante.
  4. Instituir a antibioticoprofilaxia quatro vezes ao dia por sete dias, de preferência com colírios para facilitar a posologia. Pacientes usuários de lente de contato, ou aqueles em que o mecanismo foi uma ferida de origem animal ou vegetal, devem considerar um espectro maior de antibióticos.
  5. O uso de curativo raramente é necessário. Outras medidas podem ser instituídas, como o uso de lentes de contato terapêuticas ou até mesmo agentes cicloplégicos.
  6. Alertar o paciente para retornar o mais breve possível se houver piora dos sintomas. Além disso, o paciente deve retornar para uma reavaliação pelo menos uma vez.

Prevenção

O uso de equipamentos de proteção, como óculos, é obrigatório em atividades que ofereçam algum risco de acidente ao trabalhador, sendo responsabilidade da empresa fornecê-los e capacitar esses profissionais.

O uso correto dos óculos não só diminui drasticamente a incidência desses acidentes, mas também protege esses indivíduos de possíveis complicações que podem ser mais graves do que o trauma em si.

Conclusão

O corpo estranho corneano é considerado a principal lesão da córnea.

Seus sintomas incluem a sensação de corpo estranho, lacrimejamento, fotofobia, vermelhidão e, ocasionalmente, secreção.

A visão é raramente afetada.

O tratamento consiste basicamente na retirada desse objeto associada à aplicação de colírios antibióticos para evitar possíveis infecções.

Como a causa está muito relacionada a atividades laborais, o uso de óculos de proteção é essencial na prevenção dessa condição.

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